Você sabia que Noronha já foi um vulcão?
Se você vai viajar com tempo para a ilha, aproveite para apreciar relevos raros e descobrir o mistério que torna a Ilha tão especial: o fato de que Noronha já foi um vulcão.
Você pode não ver, mas Noronha é um edifício vulcânico gigante, de 4 mil metros de altura”, que vem do fundo do mar e tem apenas uma pequena parte fora da água.
Tudo começou há cerca de 12 milhões de anos, em três grandes momentos: a formação Remédios, a formação Quixaba, e a formação São José. Os processos de vulcanismo foram os responsáveis pelos cartões-postais da Ilha – o Pico e o Morro Dois Irmãos, além de criarem as condições ideais da natureza para tornar o arquipélago um verdadeiro paraíso natural, patrimônio da UNESCO pela sua biodiversidade.
Caminhe por Noronha e descubra o vulcão (ou os vulcões)
As explosões do edifício vulcânico que originaram Fernando de Noronha, em diferentes pontos ao longo do tempo, foram gerando esse ambiente único, cheio de altos e baixos, cavernas submarinas, relevos de perder o fôlego: espaços ideais para reunir a vida marinha e a vegetação de mata atlântica insular.
Na trilha do Capim-Açu, por exemplo, na planície da viração é possível ver uma área circular em que a vegetação não cresce tanto quanto ao redor. Ali está uma das bocas menores do grande vulcão extinto.
Por trás da igrejinha de São Pedro, na região do Porto, outra cratera é facilmente vista, onde hoje é a enseada dos tubarões, espaço preferido da espécie tubarão-lixa para se reproduzir e repousar, até o nascimento dos filhotes. Você pode conhecer as curiosidades do local fazendo o Ilha Tour, ou a Trilha Costa Azul.
Outra marca do vulcanismo está no canto esquerdo da Baía do Sueste, vista melhor de um ponto mais alto.
Fazendo a trilha Costa Azul, a dica é parar no mirante do Sueste, e ficar alguns minutos contemplando a paisagem esculpida pelo tempo e pelos vulcões, para encontrar, além da cratera, rochas que lembram animais da selva ou seres encantados.
O surgimento
As geólogas Clara Moreira e Joana Sanchez, entrevistadas no nosso podcast Fala, Noronha, explicam como a Ilha se formou: “É um ponto quente, lá embaixo no manto da Terra que jogou essas rochas para cima; são 36 tipos de rochas que podemos encontrar aqui e cada uma conta uma história” – destaca Joana.
Isso aconteceu quando o continente americano estava se separando da África. As placas correram na lateral uma da outra, gerando as fraturas no solo, dando espaço ao vulcanismo gerado por um ponto quente da terra. A geóloga Clara Moreira se encanta: “É uma energia muito grande! Tem a força da energia do magma que subiu, com a energia das águas também, que construíram a geografia da Ilha, e o meio ambiente”, destaca Clara Moreira.
Só na parte que forma a Ilha, são encontrados 36 tipos de rochas de origem vulcânica.
Dicas ao visitar Noronha:
Para mergulhar ainda mais nesse conteúdo e descobrir a riqueza geológica da Ilha, fale com a Atalaia e monte um combo de passeios que te levam pelos mistérios do vulcão, dentro e fora da água.
Não se esqueça que contratar guias especialistas na Ilha, como os nossos, vai lhe garantir informações corretas sobre Fernando de Noronha e segurança, que é essencial em áreas de risco geológico.
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